amor e dor

amor demais é um despreparo para a dor

tudo é rio de Carla Madeira, página 65

cabresto

Quem é previsível demais oferece o pescoço ao cabresto

Tudo é rio de Carla Madeira, página 51

Nossa Senhora de Vila do Conde – Os cães

Os cães são milagres abundantes. Haveriam de curar tanta tristeza, se as pessoas o soubessem.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 81.

O mau lobo – A perfeição

Claro que teria de apressar-se. Todas as pessoas se apressam quando vão ao encontro da perfeição. É como irem de encontro à felicidade.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 66.

O rapaz que habitava os livros – Os livros

(…) os livros são objectos cardíacos. Pulsam, mudam, tem intenções, prestam atenção. Lidos profundamente, eles estão incrivelmente vivos. *Escolhem leitores e entregam mais a uns do que a outros.* Têm uma preferência. São inteligentes e reconhecem a inteligência.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 58.

*Minha parte favorita 🙂

O rosto

Entendi que o rosto é extenso e infinito, capaz de expressões que vamos conhecendo e outras que nunca vemos. Toda a vida precisamos de estar atentos, se assim não fizermos vamos perder muito do mais importante que acontece em nosso redor. Como se houvesse um incêndio mesmo diante de nós e nem sequer o percebêssemos antes que restem todas as coisas completamente queimadas.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 56.

A princesa com alma de galinha – A natureza

Porque a natureza nos dá a oportunidade de ocupar os lugares mais improváveis. Porque a natureza é uma obra em aberto que nos compete aceitar e potenciar.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 48.

Querido monstro – O sorriso

Coloquei os barquinhos de papel numa estante bonita e prometi lutar para que nunca mais ninguém naufragasse nos meus braços. Apenas sorrisse.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 35.

Querido monstro – A tristeza

Porque nenhuma tristeza define obrigatoriamente o que podemos fazer no dia seguinte. No dia seguinte, ainda que guardemos a memória de cada dificuldade, podemos sempre optar por regressar à busca das ideias felizes.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 34.

A menina que carregava bocadinhos – a liberdade

Mas nunca mais viram ou ouviram falar da moça. A liberdade também era isso, não voltar. O amor existia em todas as direcções. Ela pressentia isso. Que o amor estava para lá de qualquer direcção.

Valter Hugo Mãe em Contos de cães e maus lobos, Editora Globo, página 23.